O primeiro filho é furacão, é tempestade, tsunami. Você não sabe da onde vem aquela força da natureza, perde a noção do tempo e do espaço.
Com o primeiro filho você tem um curso intensivo de ser mãe e família. Aprende que não se escolhe a hora que dorme nem a que acorda, que não há número exato de fraldas utilizadas por dia, que dar colo é bom, mas que cansa.
Você também não tem a mínima idéia do que aconteceu com seu corpo, quando ele voltará ao normal e se ele voltará ao normal. Não sabe quando as dores e o desconforto do pós-parto vão passar.
Você se sente perdida nas horas e na rotina da casa, não sabe quanto tempo o primogênito vai dormir em cada soneca, e não sabe por onde começa, se é ela pilha de louça suja, se é varrendo a casa, se é mexendo no celular, se é se atirando no sofá, passando aspirador, tomando banho ou dormindo. Enquanto corre como uma barata tonta pela casa, seu bebê já acordou e você se sente um fracasso, em meio ao caos que está seu lar.
Você se sente sozinha e isolada, porque até então você tinha direito de ir e vir à qualquer lugar, você trabalhava, tinha seus almoços como amigos e colegas, passeava pela rua sem compromissos urgentes ou casos de vida ou morte. Você fazia happy hours, visitava a família e podia ficar pendurada com uma amiga no telefone.
Com o tempo as coisas se ajeitam, e a sua vida entra num tipo de normalidade.
Aí vem a descoberta de um segundo filho e a emoção lhe diz que você vai surtar, porque passará por tudo de novo, e que além de tudo serão dois filhos para gerenciar.
O segundo filho chega e você se dá conta que virou uma camaleoa, se adaptou ao ambiente e a nova vida, por instinto e por necessidade. Depois do primeiro filho, você ganhou uma pele nova e super poderes.
As inseguranças da primeira viagem ficam guardadas em alguma mala pela casa. Com o segundo filho você já tem pistas do que se tratam os chororôs. Você sabe priorizar o que fazer enquanto dormem e sabe que não precisa ficar vigiando um bebê 24 horas por dia. Além disso a dinâmica do casal já está estabelecida, cada um sabe o que pode fazer, sem cobranças, sem nervos a flor da pele. Enfim, tudo fica mais leve.
Seu primeiro filho foi “A Prova Surpresa”, o segundo filho é o “Trabalho em Grupo”.
No primeiro filho se formou uma família, no segundo filho vocês se tornaram um time.
O primeiro filho faz nascer uma mãe, com direito a todas dores e delícias, assim como em um parto.
O segundo filho nasce para uma mãe, pronta, madura e com o coração ainda maior.
{Hoje sigo uma nova jornada da minha vida profissional, mas meu Porto continua aberto para todas as mamães}
Texto maravilhoso!
Tenho um menino de 3 anos e 2 meses e grávida de 19 semanas do Lucas.
Esse texto acalma uma mãe preocupada em como será a nova rotina, como será a nova vida, mais um filho em casa, como dividir/multiplicar o amor!
CurtirCurtir
Obrigada Dani, posso te dizer com certeza, vai dar tudo certo ☺
CurtirCurtir
Q lindooo
CurtirCurtir
Obrigada Mari, que bom que gostou 😊
CurtirCurtir
Que lindo…tenho uma menina de 3 meses e já desejo a próxima gravidez com a mesma ansiedade e amor que desejei a primeira. Não estou grávida mas assim que puder estarei novamente. A maternidade é mágica, é maravilhosa. Bjoo
CurtirCurtir
Mais corajosa que eu hein Marcelle, hehehe, quando o Fernando tinha 3 meses não queria o segundo filho tão cedo, mas quando ele tinha um ano me enxi de saudades de um baby. Boa sorte pra ti querida!!! ❤
CurtirCurtir
Pra mim isso veio invertido. Foi muito mais fácil com o primeiro.
CurtirCurtir
Oi Ana, pois é, algumas ganham “o bilhete” premiado no primeiro filho, bebês calmos e até bem dorminhocos…heheh..o meu não foi…Fernando é meu furacão até hoje
CurtirCurtir
Texto lindo, me emocionei, Tenho a Anna de 2 anos e descobri agora que estou grávida de 6 semanas.Estou bem mais tranquila que na primeira.
CurtirCurtir
Parabéns Mari, te desejo muitas felicidades nesses segundo baby 😍
CurtirCurtir